segunda-feira, 29 de março de 2010

Existem dias . . .


 

 
 Povoar a solidão
 
Permita que sua solidão seja bem aproveitada, que ela não seja inútil. Não a cultive como uma doença, e sim como uma circunstância.
A sua é de que tamanho? Difícil encontrar alguém que tenha uma solidão pequena, ajustada, do tipo baby look. Geralmente, a solidão é larga, esgarçada, como uma camiseta que poderia vestir outros corpos além do nosso. E costuma ser com outros corpos que se tenta combatê-la, mas combatê-la por quê?
Se nossa solidão pudesse ser visualizada, ela seria um vasto campo abandonado, um estádio de futebol numa segunda-feira de manhã dói, mas tem poesia. Talvez seja por aí que devamos reavaliá-la: no reconhecimento do que há de belo na sua amplitude.
A solidão não precisa ser aniquilada, ela só precisa de um sentido. Eu não saberia dizer que outra coisa mais benéfica há para isso do que livros. Uma biblioteca com mil volumes é um exército que não combate a solidão, mas a ela se alia.
A solidão costuma ser tratada como algo deslocado da realidade, como um tumor que invade um órgão vital. Ah, se todos os tumores pudessem ser curados com amigos. Uma pessoa que não fez amigos não teve pela sua vida nenhum respeito. Nossa solidão é nossa casa e necessita abrir horários de visita, hospedar, convidar para o almoço, cozinhar com afeto, revelar-se uma solidão anfitriã, que gosta de ouvir as histórias das solidões dos outros, já que todos possuem seus descampados.
A solidão não precisa se valer apenas do monólogo. Pode aprender a dialogar e deve exercitar isso também através da arte. Há sempre uma conversa silenciosa entre o ator no palco e o sujeito no escuro da platéia, entre o pintor em seu ateliê e o visitante do museu, entre o escritor e o seu leitor desconhecido. Ah, os livros, de novo. De todos os que preenchem nossa solidão, são os livros os mais anárquicos, os mais instigantes. Leia, e seu silêncio ganhará voz.
Às vezes, tratamos nosso isolamento com certa afetação. Acendemos um cigarro na penumbra da sala, botamos um disco dilacerante e aguardamos pelas lágrimas. Já fizemos essa cena num final de domingo - tem dia mais solitário? É comum que a gente entre na fantasia de que nossa solidão daria um filme noir, mas sem esquecer que ela continuará conosco amanhã e depois de amanhã, deixando de ser charmosa e nos acompanhando até o supermercado. Suporte-a com bom humor ou com mau humor, mas não a despreze.
Permita que sua solidão seja bem aproveitada, que ela não seja inútil. Não a cultive como uma doença, e sim como uma circunstância. Em vez de tentar expulsá-la, habite-a com espiritualidade, estética, memória, inspiração, percepções. Não será menos solidão, apenas uma solidão mais povoada. Quem não sabe povoar sua solidão, também não saberá ficar sozinho em meio a uma multidão, escreveu Baudelaire.
Ah, os livros, outra vez.
(Martha Medeiros)

Eu estou precisando falar, o problema é que ...  é, não é o momento.


Eu não pedi pra nascer, eu não nasci pra perder. Nem vou sobrar de vítima das circunstâncias. Eu tô plugado na vida, eu tô curando a ferida . . . Às vezes eu me sinto uma mola encolhida.

Vou dormir, estou sem sono ainda, mas espero apagar quando encostar a minha cabeça naquele bendito travesseiro.

Boa noite !

sábado, 20 de março de 2010

Bem que se quis ♪



Oláááá!

Há quanto tempo eu não me encontrava, porque vir aqui é como me ver de ângulo diferente, como se não estivesse em mim, eu, observadora de mim .. aqui eu descarrego muitos pensamentos, sentimentos, momentos ... e quando releio, revivo...

Mas falando do hoje, não sei bem o que acontece comigo ..
De saúde eu estou bem, obrigada! Graças a Deus!
Mas sabe aquela música : " Alguma coisa acontece no meu coração .... ♪ "
Que me deixou em transe, calma, estática .. com vontade de permanecer assim: suspensa, inerte...
Não é uma felicidade absurda e nem uma tristeza de dar dó.
Eu queria poder nomear, mas eu simplesmente estanco.. fico aqui, pensando ..
Parece que eu encontrei um equilíbrio dentro de mim, relacionando toda e qualquer emoção,acontecimentos e pensamentos de uma forma que tempestades  e  foguetes não virão de  roupantes, impulsos..
Não quero sair de mim, não quero me tirar do sério .. não quero me fazer mal.
É a fase do bem-me-quer, bem-me-quero .. é só mais uma a fase, mas é uma fase constante e permanente.
Afinal, pra mim eu sou o que HÁ, & para os outros?
Pois é né!?

i'll wait for you, i'll wait for many things . . .

Hoje eu tenho as minhas certezas, e estas já foram dúvidas ..
& eu acredito até quando achar que devo... até quando os pensamentos não mudarem, até quando os sentimentos existirem, até quando ...

Ah, sei lá .. sei lá, a vida é uma grande ilusão, sei lá, sei lá, só sei que ela está com a razão ♪


[ hahaahaha, tudo me lembra uma música .. Isabela e as suas trilhas sonoras ..  xD ]


As músicas de hoje :

Lenda ♪ - Céu 

Palpite ♪ - Adriana Calcanhoto

Saber voar ♪ - Chimarruts




Vou dormir, já é tarde ..

Beijinhos :*


Boa noite !!