domingo, 18 de março de 2012

Rótulos restringem


A sociedade tem uma necessidade alienada de rotular as pessoas. Digo isso porque o ato de rotular alguém, não transforma aquela pessoa naquilo que foi classificada, mas se aquela etiqueta permanecer ali por muito tempo, a opinião e o conhecimento que são, a priori, superficiais, tornam-se o cartão de visitas de muitos. 
O que a aparência comparado a essência? Somos tão diferentes uns dos outros, a cor dos olhos, os cabelos, o físico, estes estão  visíveis aos olhos de todos. Mas somos muito mais que um corpo. A personalidade é a essência, a substancia que nos define, somos quem somos, e não o que querem que sejamos. Aos nascermos, o meio em que vivemos influencia nessa formação, a etnia, família, educação, nos ajuda a agregar valores, aprender, evoluir. Enfim, a produzir a nossa individualidade, nossa concepção perante o mundo, defender ideais, sejam eles políticos, religiosos ou até numa simples discussão sobre futebol num bar da esquina. É muito interessante essa diversidade.  Proporciona trocas de conhecimentos, conceitos e pontos de vista, que podem ou não nos influenciar, e partir daí mudar a ideia sobre tal assunto. É fascinante a capacidade do ser humano de captar tanta informação ao longo da vida, e indispensável também para sua sobrevivência, para que possa se sobressair entre os demais.
Portanto é preciso muito mais que um simples contato visual para julgarmos as pessoas. Por isso os rótulos não fazem sentido. Como biografar alguém com uma única palavra? É desprezar uma vida de aprendizagem e assimilações. Quem poderia falar melhor sobre mim do que eu? Quem nos definiria melhor do que nós mesmos? 
Se nos permitíssemos conhecer antes de presumirmos algo, talvez fôssemos menos injustos, e quem sabe assim, seriam mais justos conosco.

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